Central de Resenhas
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Felipefabricio
Warrior
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Central de Resenhas
Colaboração: Warrior, Felipefabricio, Monagma, Felipe JJ e Hekonzord
"Os livros nutrem o cérebro tanto quanto os alimentos ao corpo, mas sua digestão é mais demorada."- Júlio Verne (O Colecionador de Lágrimas: Holocausto Nunca Mais)
Seja bem-vindo à Central de Resenhas do PlayStation Blast, parte do especial Mês Literário, que ficará sempre disponível a partir de então! Resenha é uma crítica dada a uma determinada obra literária, onde são apontados os pontos principais, positivos e negativos do livro e no fim uma conclusão; como uma análise.
Livros fazem fluir a imaginação e também são berço de grandes séries que acabam saltando das páginas e atingindo outras mídias, tais quais TV, música, videogames, etc.. e o contrário também (isto é questão para outro tópico).
Você que acabou de ler um livro ou uma HQ: gostou? A leitura foi prazerosa? A história empolga? Aqui você pode contar tudo o que quiser sobre o que leu! Pode escrever uma análise grande com muitas informações ou uma pequena, porém direta e clara. Não há restrições; opine, e sua análise ficará marcada nesta postagem para outros usuários lerem!
Lembre-se, cada resenha representa a opinião pessoal do usuário, ou seja, ele pode gostar de determinado tipo de livro que você não e vice-versa; discussões construtivas (tanto quanto à obra quanto à resenha escrita) são bem-vindos, só não esqueça de marcar de qual resenha/obra você está falando. As resenhas são ótimas para ter uma 'ideia básica' do livro!
Fique de olho nas resenhas novas que serão mostradas na aba "novidades".
Novidades
--->Desventuras em Série - Daniel Handler (Por Monagma)
--->Morte Súbita - J.K. Rowling (por Felipefabricio)
--->O Silmarillion - J. R. R. Tolkien (por Warrior)
Resenhas
--->Desventuras em Série - Daniel Handler (Por Monagma)
--->Morte Súbita - J.K. Rowling (por Felipefabricio)
--->O Silmarillion - J. R. R. Tolkien (por Warrior)
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Que coisa assombrosa é um livro: é um objeto plano feito de uma árvore com partes flexíveis nas quais são impressos muitos rabiscos escuros engraçados, mas em uma olhada, estamos na mente de uma pessoa [...]. Através do milênio, um autor fala, clara e silenciosamente, dentro de nossa cabeça, diretamente a nós. Escrever talvez seja a maior das invenções humanas; unindo pessoas estranhas que jamais se conheceram, cidadãos de épocas distantes; os livros rompem os grilhões do tempo. Um livro é a prova de que os humanos são capazes de fazer mágica.
-Carl Sagan (1934-1996).
Última edição por Warrior em Sex 21 Mar 2014, 01:34, editado 4 vez(es)
Warrior- Veterano Nv.35
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Re: Central de Resenhas
O Silmarillion
Alguma vez você já pensou em ver as origens de sua obra favorita? Quando digo "origem" é o início de tudo mesmo, desde a criação da Terra (Arda, no nosso caso) até os tempos atuais - assim que se narra uma das obras mais conhecidas de J. R. R. Tolkien, O Silmarillion! Antes mesmo de seus sucessos como O Hobbit e O Senhor dos Anéis, Tolkien escrevia os primeiros esboços para a origem de seu interessante universo e era a sua maior paixão, porém, o autor nunca chegaria a ver seu livro publicado. Adorado por uns, odiado por outros, o fato é que O Silmarillion influenciou tanto as obras mais famosas do autor, quanto deixou seu legado. Confira agora minhas impressões sobre o livro e tire suas conclusões se vale a pena ver o início da Terra-média, lar de grandes aventuras!
O Silmarillion foi publicado dois anos após a morte de Tolkien. Seu filho, Cristopher Tolkien, juntou os rascunhos do pai, completando o que faltava para dar consistência e adicionou extras que, para o autor, seriam obras independentes.
Assim como O Senhor dos Anéis, a obra tem "livros" com os relatos dos eventos ocorridos - O Silmarillion se passa durante o período da Primeira Era, enquanto OSdA é na Terceira. Veja a seguir os contos que compõem a obra, sendo os dois últimos como "extras".
Ainulindalë: A Música dos Ainur - Aqui é narrado a origem de tudo, quando Eru (o Deus do universo, chamado pelos elfos de Ilúvatar), o Único, criou os Ainur a partir de seu pensamento. Deles foi pedido para que criassem uma música de acordo com o tema decidido por Eru, e assim fizeram, porém, um Ainur, chamado de Melkor, tinha intenção de ter sua própria canção, distanciando dos outros. Entretanto, Eru interviu e mostrou a todos os Ainur a que propósito era sua canção - a criação de um mundo bonito, Eä (mais tarde chamado de Arda ou Terra), que será administrado pelos Ainur que ali desejarem residir e guiar as futuras criações de Eru, mas uma vez decido, não tem volta. Os que decidiram morar em Eä passam a se chamar de Valar (são como os anjos) e Melkor foi um deles.
Valaquenta: Relato dos Valar - Apenas manuscritos dos Eldar, um grupo de elfos, explicando os Valar, os Maiar (outra espécie de anjo, só que inferiores aos Valar) e os inimigos - dentre eles, Sauron, Maiar que se juntou a Melkor (também chamado de Morgoth), sendo o braço-direito do primeiro Senhor do Escuro.
Quenta Silmarillion: A História das Silmarils - O ponto principal, que dá o título ao livro. Continua onde Ainulindalë terminou e mostra as ações dos Valar em Arda, da sua residência em Valinor, e das verdadeiras intenções de Melkor - ser o Senhor de Arda e ter seguidores com suas mentiras e más intenções. Os personagens importantes de O Senhor dos Anéis têm sua origem contada aqui, com a criação dos elfos e dos homens por Eru, dos anões por Aulë, ferreiro e um Vala, dos ents (Grandes Pastores) por Yavanna, esposa de Aulë, dos orcs e balrogs por
Akallabêth: A Queda de Númenor: Início e fim da Segunda Era, com a criação e o término da terra de Númenor. Aqui, Sauron estabelece-se como o vilão principal e o novo Senhor do Escuro.
Dos Anéis do Poder e da Terceira Era: Os eventos que precedem (e um breve resumo de) O Senhor dos Anéis, com a fundação dos reinos de Gondor e Rohan, o surgimento de Mordor, Valfenda e da Floresta das Trevas. Da criação dos nove anéis para os homens (que origina os Espectros do Anel), dos três para os elfos e dos sete para os anões, todos foram influenciados por Sauron para serem escravos de sua obra, o Um Anel. Do surgimento dos istari (magos) Mithrandir (Gandalf), Curunír (Saruman) e Radagast, os mensageiros dos Valar na Terra-média.
Há muito tempo, numa terra não muito distante
O que faz O Silmarillion se destacar das outras obras principais relacionadas à Terra-média é pelo fato de se parecer, mesmo, com relatos históricos. Há uma preocupação maior em narrar os eventos ocorridos do que falar do local onde a história se passa (o que fará alguns "odiadores das descrições" adorarem), contudo, existem capítulos mais notáveis que dão enfoque a determinados personagens e um maior detalhe acerca dos locais onde ocorrem a trama.
O Silmarillion gira no mesmo tema, das joias perfeitas de Fëanor, mas os protagonistas nem sempre são os mesmos, por exemplo, há um personagem que é mais notável por suas ações
Qualquer livro que se preze, se quiser entrar de cabeça na história, tem de imaginar os eventos. Isso é um ponto que eu aproveitei bastante, as guerras, por exemplo, da forma que são descritas lembram bastante contos épicos; duelos de espada, lutas com dragões. Ainda falando na história, como é de praxe em eventos históricos, nem sempre as coisas são como pensamos e as consequências podem tanto ser empolgantes, emocionantes e/ou dramáticas.
"[os elfos] começaram a criar a fala e a dar nomes a todas as coisas que percebiam"
Talvez o argumento mais usado para afastar os leitores de O Silmarillion: a infinidade de nomes nos idiomas fictícios de Tolkien e a frequência com que eles aparecem. Como pôde ser visto na parte "Enredo" desta resenha, existem personagens com mais de um nome, mas também não é só isso que atrapalha. Os locais também possuem nomes dos idiomas fictícios, dependendo do lugar, também mais de um. Por exemplo, a cidade secreta de Gondolin ("Rocha Oculta" em sindarim) também é chamada de Ondolindë ("Canção de Pedra" em quenya).
Uma trama possuir dialetos próprios é algo que admiro bastante, porém, como não estamos acostumados com as palavras novas, tudo parece complicado de entender. Por outro lado, se você leu O Senhor dos Anéis, identificará alguns termos; caso contrário, não há a necessidade de decorar tudo - a menos que você queira entrar na Tolkien Society - muitas vezes é mencionado apenas um. Uma dica que dou é: se ler o nome de lugar (o livro especifica), pense nisto; se ler o nome de um personagem, pense em um; também existem casos que nem fará muita importância em lembrar, como são "relatos" não precisa decorar a árvore genealógica de Elrond - apenas lembre dos personagens principais. Outra dica, dê uma olhada nos gráficos no final do livro, ele mostra algumas árvores genealógicas e explica quais são os grupos dos elfos (isto muito importante para compreensão da história).
Felizmente a obra possui um glossário no final, explicando vários dos verbetes fictícios e também dos personagens, inclusive as páginas em que são mencionados. Só tome cuidado para não ler spoiler, já que mostra um resumo dependendo da palavra. Já para quem gostou bastante dos idiomas e quer aprender mais, um apêndice é dedicado à pronúncia das palavras.
Como é de se esperar, o livro também traz mapas, um na página 152 mostrando os domínios dos elfos em Beleriand e outro no final (com "zoons"). Contudo este é bem específico e não mostra todos os lugares citados no livro, também, somente as terras de Beleriand, onde passa a maior parte da trama após Morgoth roubar as Silmarils. Nada de Valinor, Angband, Utumno ou Númenor. Por isso, recomendo que dê uma olhada neste mapa para ter uma ideia das localizações.
Muito mais que eventos
Quem conhecer bem as obras contadas na Terra-média, já deve sacar algumas das referências histórico-mitológicas que o autor pôs na trama: a mais notável é sobre a história dos Valar - os anjos e um se rebelou - o equivalente à história de Lúcifer na mitologia judaico-cristã. Ainda sobre os Valar, eles moram no alto da montanha Tirion separando-se dos mortais, tais quais deuses gregos no Monte Olimpo. Também da mitologia grega, a história do reino de Númenor é inspirada na de Atlantis (tanto que no idioma sindarim, o reino chama-se Atalantë). Dentre outras.
A música é uma arte muito apreciada na Terra-média, contudo, não foi apenas isso que fez com que diversos compositores incluíssem a obra póstuma em suas músicas, muitas canções citam os eventos ocorridos na Guerra das Joias. A mais notável, e também a que mais gostei, foi a atitude da banda alemã Blind Guardian com o álbum Nightfall in Middle-earth (1998), que o dedicou para contar (ou melhor, cantar) O Silmarillion em power metal - não é contado o livro inteiro, mas pega as partes principais e, em certas trilhas, os próprios integrantes simulam pontos da trama - ótimo para quem curte adaptações, já que uma cinematográfica não virá tão cedo.
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O Silmarillion pode não ter tido o mesmo impacto que O Senhor dos Anéis e O Hobbit, mas é inegável seu charme único. A maneira de descrever o início dos tempos e ele, propriamente dito, serem tão fantásticos para todos que esperavam uma resposta às referências em OSdA - para alguém que dedicou, há tempos, para contar como todo seu universo originou, Tolkien simplesmente deixou um presente. O Silmarillion não apenas diverte, mas complementa e expande ainda mais o rico e fantástico universo de O Senhor dos Anéis.
Título: O Silmarillion (The Silmarillion)
Autor: John Ronald Reuel Tolkien
Lançamento: 1977 (Reino Unido) / 1999 (Brasil)
Editora: Martins Fontes
Esta resenha foi escrita com base na segunda edição brasileira, julho de 2001.
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Pontos Positivos
-Foi influência para e complementa O Senhor dos Anéis;
-Narrativa épica e fantástica;
-Glossário para consultas rápidas;
-Extras com a história de Númenor e prelúdio de O Senhor dos Anéis.
Pontos Negativos
-Mapas insuficientes;
-Presença de vários nomes nos idiomas fictícios pode afastar novatos.
O Silmarillion - Nota Final: 8.5
Revisão: Felipe JJ
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Re: Central de Resenhas
Resenha - Morte Súbita
Um bom Mau
Autora - J.K. Rowling
Título Original - The Casual Vacancy
Páginas Original - 512
Lançamento - 27/09/12
-
Tradutora - Izabel Aleixo e Maria Helena Rouanet
Páginas - 496
Lançamento - 06/12/12
Todos conhecemos J.K. Rowling. Ela é a autora da saga mais badalada do fim do Século XX: Harry Potter. A história do bruxo órfão comoveu o mundo, Hogwarts dispensa apresentação e existe o bem e existe o mal. Ponto. Em 2012, Rowling lançou Morte Súbita, o seu romance para adultos. E para quem vai lê-lo com a bagagem de Harry, a dica primordial é essa: Esqueça Harry.
Mas como podemos esquecer de algo bom, que ensina coisas tão boas? É simples: Morte Súbita não é bom. Ele é mau, por assim dizer. Morte Súbita é cruel, e mostra o lado ruim e podre da nossa sociedade, representada pelo não-tão pacato vilarejo de Pagford... E é um lugar onde praticamente ninguém presta.
Em Pagford praticamente ninguém é bom, como vimos com Harry e seus amigos. E quem é bom não tem destaque. Você pode achar uma ou outra pessoa com uma alma relativamente gratificante, mas estas pessoas não tem relevância na narrativa. O que Rowling quer é mostrar o podre, o ruim, as trapaças e tudo que as pessoas fazem para se manter ou chegar ao poder. E ela faz isso de uma maneira viciante e impressionante. Mortes, Estupros, Xingamentos, está tudo presente aqui.
As Crianças agem como adultos, e alguns adultos agem como Crianças. Na verdade, são estes adolescentes que formam uma parte mais central do livro, e mesmo neles ninguém presta. Morte Súbita choca e mostra um lado que não estamos acostumados á ver. A história começa com a morte de Barry Fairbrother, uma pessoa relativamente boa e que deixa uma cadeira vaga no Conselho de Pagford. E esta cadeira reviverá uma discussão acirrada sobre um tema polêmico da vila, e que terá grandes reviravoltas. O final do livro também não é o que podemos chamar de Final Feliz.
Mas mesmo com toda esta sujeira... É isso que torna o livro único, e muito bom. É uma história envolvente e polêmica, mas que não fará você desgrudar o olho. Alguns pontos negativos são a tradução do nome do livro ("A Vacância Casual" virou "Morte Súbita" sem motivo algum) e que Rowling realmente exagera nos xingamentos. Além disso, esse foco completo no mau poderia mostrar algumas pessoas melhores também...
Em resumo? Morte Súbita é bom ou ruim? Bom, realmente bom. Pode ter frustado os fãs de Rowling que esperavam algo no molde de HP, mas se você esquecer a saga de Hogwarts e prestar atenção em Morte Súbita, é um livro incrível. É uma crítica social e muito bem-feita, basicamente.
Só que o livro não é muito recomendado para menores de 16 anos, e com razão - As pessoas falam de sexo sem a menor vulgaridade, xingamentos o tempo inteiro e ainda há uma cena de estupro. Claro, no livro isso pode ser um pouco suavizado, mas se você tiver menos de 16, é bom ler Morte Súbita com mais cautela, mas sem deixar de aproveitar o livro.
Pontos positivos -
- Crítica Social bem-feita
- Personagens únicos e alguns acabam até cativando
- Mostra o lado ruim da sociedade de uma forma "boa"
- Difere muito de Harry Potter
Pontos negativos -
- É um livro adulto, mas acaba sendo até exagerado
- Alguns adultos parecem que não tem cérebro, e os adolescentes parecem as únicas pessoas espertas
- Tradução de livro sem noção
Nota Final - 4/5
Re: Central de Resenhas
Parabéns pela resenha, Warrior, muito bem feita. O mesmo pra sua, FF.
Vou postar aqui uma "mini-resenha" (não diria uma resenha, mas sim um resumo da minha visão) da série de livros Desventuras em Série. Se não concordarem com alguma coisa, podem dar sua opinião, eu não cheguei a revisar bem o texto e ele pode conter alguns erros ou contradições.
Vou postar aqui uma "mini-resenha" (não diria uma resenha, mas sim um resumo da minha visão) da série de livros Desventuras em Série. Se não concordarem com alguma coisa, podem dar sua opinião, eu não cheguei a revisar bem o texto e ele pode conter alguns erros ou contradições.
Daniel Handler (autor da série, sob o pseudônimo de Lemony Snicket) fez um ótimo trabalho ao escrever as desventuras dos irmãos Baudelaire, em Desventuras em Série, por diversas razões.
A principal delas é a maneira com a qual o livro foi escrito. As palavras do narrador deixam passar sua melancolia o tempo todo, e toda vez que ele pede para que larguemos o livro por se tratar de uma história trágica demais, isso só me deixa, como leitor, mais entusiasmado. Além disso, tudo soa de forma natural, como se ele estivesse realmente contando para nós uma história que ouviu ou presenciou, tentando mostrar o máximo de detalhes possível. É interessante notar que Lemony não é um narrador onisciente, fato comprovável por seu conhecimento limitado das falas de Sunny, além da descrição pouco detalhada de personagens como os comparsas de Conde Olaf. Isso faz com que a história pareça ainda mais real.
Outra grande razão é o número de detalhes ocultos na trama. Desventuras em Série pode ser uma série com uma quantidade considerável de livros, mas como ela nos apresenta apenas um ponto de vista, muitos detalhes são omitidos e muitas perguntas são deixadas sem resposta. O autor deixa espalhadas, pelos livros, algumas dessas respostas e ainda mais perguntas, através de dedicatórias a uma amada falecida, cartas, telegramas e ilustrações com segredos no meio. Outras respostas são fornecidas por dois livros anexos à série, Lemony Snicket: Autobiografia não Autorizada e The Beatrice Letters (não lançado no Brasil). Tudo isso, junto, contribui com o ar de mistério da série, além de nos trazer muitas informações bem interessantes.
Mais uma razão é a construção de personagens. Os protagonistas e antagonistas passam por diversas situações, mas nunca deixam de ter suas manias e características pessoais. Violet é muito esperta e engenhosa, adora inventar coisas e sempre que quer se concentrar amarra uma fita em seu cabelo. Klaus é inteligente, com um conhecimento muito variado, e isso se deve ao seu amor por livros, que devora desde pequeno. Sunny é apenas uma bebê, e age como tal. Em frente ao perigo, ela morde com seus quatro dentes afiados. Conde Olaf, o grande vilão, é um homem pérfido, e faz de tudo pra conseguir a fortuna dos Baudelaire. Esses e mais outros sempre deixam, sejam em suas falas ou ações, traços de suas personalidades, e isso torna a história muito mais divertida.
Obviamente, apesar de todas as qualidades, os livros da série não são perfeitos. Muitos detalhes importantes são simplesmente deixados de lado em alguns pontos da narrativa, e algumas situações simplesmente não fazem sentido. Além disso, a escrita dos livros, apesar de boa (como mencionei antes), é um tanto infantil, e isso não combina nada com a temática da série, melancólica e trágica.
De qualquer forma, Desventuras em Série é uma série de livros divertidíssima de se ler e, infelizmente, pouco popular. Minha recomendação é que todos deem ao menos uma olhada, vale a pena.
Ficha técnica:
Título: Desventuras em Série/A Series of Unfortunate Events
Autor: Daniel Handler (como Lemony Snicket)
Lançamento: 1999 (EUA)/2001 (Brasil)
Editora: Cia. Das Letras
Monagma- Veterano Nv.MÁX
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Re: Central de Resenhas
Monagma escreveu:Parabéns pela resenha, Warrior, muito bem feita. O mesmo pra sua, FF.
Vou postar aqui uma "mini-resenha" (não diria uma resenha, mas sim um resumo da minha visão) da série de livros Desventuras em Série. Se não concordarem com alguma coisa, podem dar sua opinião, eu não cheguei a revisar bem o texto e ele pode conter alguns erros ou contradições.Daniel Handler (autor da série, sob o pseudônimo de Lemony Snicket) fez um ótimo trabalho ao escrever as desventuras dos irmãos Baudelaire, em Desventuras em Série, por diversas razões.
A principal delas é a maneira com a qual o livro foi escrito. As palavras do narrador deixam passar sua melancolia o tempo todo, e toda vez que ele pede para que larguemos o livro por se tratar de uma história trágica demais, isso só me deixa, como leitor, mais entusiasmado. Além disso, tudo soa de forma natural, como se ele estivesse realmente contando para nós uma história que ouviu ou presenciou, tentando mostrar o máximo de detalhes possível. É interessante notar que Lemony não é um narrador onisciente, fato comprovável por seu conhecimento limitado das falas de Sunny, além da descrição pouco detalhada de personagens como os comparsas de Conde Olaf. Isso faz com que a história pareça ainda mais real.
Outra grande razão é o número de detalhes ocultos na trama. Desventuras em Série pode ser uma série com uma quantidade considerável de livros, mas como ela nos apresenta apenas um ponto de vista, muitos detalhes são omitidos e muitas perguntas são deixadas sem resposta. O autor deixa espalhadas, pelos livros, algumas dessas respostas e ainda mais perguntas, através de dedicatórias a uma amada falecida, cartas, telegramas e ilustrações com segredos no meio. Outras respostas são fornecidas por dois livros anexos à série, Lemony Snicket: Autobiografia não Autorizada e The Beatrice Letters (não lançado no Brasil). Tudo isso, junto, contribui com o ar de mistério da série, além de nos trazer muitas informações bem interessantes.
Mais uma razão é a construção de personagens. Os protagonistas e antagonistas passam por diversas situações, mas nunca deixam de ter suas manias e características pessoais. Violet é muito esperta e engenhosa, adora inventar coisas e sempre que quer se concentrar amarra uma fita em seu cabelo. Klaus é inteligente, com um conhecimento muito variado, e isso se deve ao seu amor por livros, que devora desde pequeno. Sunny é apenas uma bebê, e age como tal. Em frente ao perigo, ela morde com seus quatro dentes afiados. Conde Olaf, o grande vilão, é um homem pérfido, e faz de tudo pra conseguir a fortuna dos Baudelaire. Esses e mais outros sempre deixam, sejam em suas falas ou ações, traços de suas personalidades, e isso torna a história muito mais divertida.
Obviamente, apesar de todas as qualidades, os livros da série não são perfeitos. Muitos detalhes importantes são simplesmente deixados de lado em alguns pontos da narrativa, e algumas situações simplesmente não fazem sentido. Além disso, a escrita dos livros, apesar de boa (como mencionei antes), é um tanto infantil, e isso não combina nada com a temática da série, melancólica e trágica.
De qualquer forma, Desventuras em Série é uma série de livros divertidíssima de se ler e, infelizmente, pouco popular. Minha recomendação é que todos deem ao menos uma olhada, vale a pena.
Ficha técnica:
Título: Desventuras em Série/A Series of Unfortunate Events
Autor: Daniel Handler (como Lemony Snicket)
Lançamento: 1999 (EUA)/2001 (Brasil)
Editora: Cia. Das Letras
Valeu! Adorei a resenha sua também, me deixou curioso pra ler. Mas não vou começar a ler novos livros antes de acabar de comprar e ler todas as séries que eu ainda não acabei - Jogos Vorazes (1), Gelo e Fogo (2), Como Treinar Seu Dragão (2), Senhor dos Anéis (2), Rangers - A Ordem dos Arqueiros (11). Ao total são 18 livros, wow. Acho que vou ignorar Rangers um pouquinho, se não só acabo daqui 2 anos :haha: Quero terminar logo pra começar a ler Amanhã, dei uma lida ("uma lida", 50 páginas) na livraria outro dia e adorei.
Essa do Morte Súbita é curiosa... Eu falo bastante no livro que é forte, tem cenas pesadas, e que não é recomendado pra menores que 16. Sendo que nem eu tenho 16. Resumindo, eu mesmo não deveria ter lido o livro, e na verdade não era nem pra eu ter comprado. Eu ia comprar era o box inteiro com Assassin's Creed, mas acabei errando na hora de marcar o pedido e veio o Morte Súbita Aí eu acabei lendo e gostei ^^' (Mesmo assim, achei forte. Pior que Gelo e Fogo, até)
Re: Central de Resenhas
Realmente, parabéns aos 3 pelas resenhas. Todas muito bem escritas e bem formatadas.
Particularmente, foi muito bom ler a resenha dO Silmarillion. Gostei demais quando li (ainda criança) e viajei aqui de novo lendo.
Enfim, até o fim do mês devo postar alguma aqui também.
Particularmente, foi muito bom ler a resenha dO Silmarillion. Gostei demais quando li (ainda criança) e viajei aqui de novo lendo.
Enfim, até o fim do mês devo postar alguma aqui também.
Felipe JJ- Veterano Nv.MÁX
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Re: Central de Resenhas
Também vou postar uma aqui. Ainda não li o Silmarillion. Já li os outros dois e gostei É bastante provável que leia nas férias da Páscoa
Re: Central de Resenhas
Obrigado pelos elogios, pessoal! ^^
Análise bacana, FelipeF. Que bom que a autora distanciou de sua obra máxima, afinal, não seria agradável ler um novo livro com restos da sua série antiga. Pelo que você falou, parece ser um livro pesado, caramba!
Confesso que a tradução não é tão ruim assim, talvez seja por atrair a atenção do leitor, acho "Morte Súbita" mais chamativo que "A Vacância Casual" (confesso que nem sabia o que era 'vacância' /ming).
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Muito bom Monag, Desventuras em Série parece ser mais uma obra fantástica que não é tão referenciada como as mais populares. :/ Mais dois livros para a imensa lista, rs.
A propósito, o filme dá aquele gostinho de "quero ler" [como foi O Hobbit: Uma Jornada Inesperada] ou é mais um Percy Jackson e O Ladrão de Raios da vida (gostei do livro, odiei o filme)? Porque estou a ler O Guia do Mochileiro das Galáxias, já estou no segundo.
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Valeu JJ, esperando para ver o que você irá resenhar. :]
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Primeira postagem atualizada e corrigida [maldita caixa de texto que formata do jeito que quer].
Análise bacana, FelipeF. Que bom que a autora distanciou de sua obra máxima, afinal, não seria agradável ler um novo livro com restos da sua série antiga. Pelo que você falou, parece ser um livro pesado, caramba!
Confesso que a tradução não é tão ruim assim, talvez seja por atrair a atenção do leitor, acho "Morte Súbita" mais chamativo que "A Vacância Casual" (confesso que nem sabia o que era 'vacância' /ming).
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Muito bom Monag, Desventuras em Série parece ser mais uma obra fantástica que não é tão referenciada como as mais populares. :/ Mais dois livros para a imensa lista, rs.
A propósito, o filme dá aquele gostinho de "quero ler" [como foi O Hobbit: Uma Jornada Inesperada] ou é mais um Percy Jackson e O Ladrão de Raios da vida (gostei do livro, odiei o filme)? Porque estou a ler O Guia do Mochileiro das Galáxias, já estou no segundo.
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Valeu JJ, esperando para ver o que você irá resenhar. :]
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Legal, esperando para ver. Como disse, O Silmarillion é ótimo, vale a leitura - se quiser pode mostrar também as suas impressões do livro. ;]binuda escreveu:Também vou postar uma aqui. Ainda não li o Silmarillion. Já li os outros dois e gostei É bastante provável que leia nas férias da Páscoa
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Primeira postagem atualizada e corrigida [maldita caixa de texto que formata do jeito que quer].
Warrior- Veterano Nv.35
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Re: Central de Resenhas
As 3 resenhas estão ótimas! Parabéns aos criadores, que levaram um bom tempo pra escrever.
Até estava pensando em escrever uma, mas exige muito tempo e dedicação. Algum dia posto alguma
Até estava pensando em escrever uma, mas exige muito tempo e dedicação. Algum dia posto alguma
Gabriel Cortês- Membro Nv.MÁX
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