Afinal, um PC GAMER custa tão caro assim?

Quando ouvimos falar na expressão PC GAMER logo pensamos em computadores de desempenho elevado juntamente com uma placa de vídeo de última geração. De fato, para os mais entusiastas que se irritam ao ver um serrilhado, os computadores devem ser sim, bastante potentes. A questão que fica é: mas é aquelas pessoas que só querem curtir um bom jogo, sem se preocupar com os gráficos, devem pagar absurdos por máquinas potentes? A resposta para essa questão é simples.

NÃO! Nunca foi e nunca será.



Existem computadores baratos capazes de rodar alguns jogos atuais nas configurações baixa ou média (inclusive em alguns jogos são capazes facilmente de rodar no alto). E não se enganem: eles não são importados do Paraguai ou até mesmo durarão um bom bocado para ficarem defasados.

Um exemplo clássico é a família de processadores A da AMD, dos quais damos destaques o A8 e o A10. São intitulados pela própria AMD como APU (não o do Simpsons, mas sim Unidade de Processamento Acelerado). Possuem internamente um boa placa de vídeo, capaz de rodar os jogos atuais em configurações baixas (e alguns mais antigos nas medias e altas). No caso do A8 temos uma Radeon HD6550D, uma placa aceleradora de 512Mb/DDR3 e com barramento de 128 bits, números impressionantes para uma placa integrada. Os processadores da família A da AMD custam no mercado na faixa dos 200 aos 350 reais e entregam bom desempenho para sua faixa de preço. Por fim permitem o uso da tecnologia Cross-Fire com alguma placa compatível da família Radeon, o que aumenta consideravelmente o desempenho em jogos mais atuais.


Para quem procura um pouco mais de desempenho, pode-se facilmente adotar uma placa da Radeon HD7770 (ou equivalente) em seu micro. Com uma arquitetura que permite até 1Gb RAM GDDR5, 128 bits de barramento e com o relógio da unidade gráfica rodando a uma frequência de 1GHz, pode-se obter resultados bastante satisfatórios até mesmo de jogos atuais (como Battlefield 3). Pode-se facilmente encontrá-la pode até 450 reais e não necessita de uma fonte potente para funcionar.


Destes exemplos podemos tirar uma conclusão: para se montar um PC-GAMER razoavelmente bom não é necessário assaltar o banco central. Caso você não seja um detalhista ao extremo facilmente pode-se encontrar máquinas interessantes e baratas que rodam seus jogos favoritos, mesmo em configurações mais baixas. Afinal, até mesmo que se encaixa naquele velho ditado "Calças brancas em Janeiro, sinal de pouco dinheiro" tem direito de jogar.

Sim Ryan, na verdade o que quis dizer com o artigo foi que é perfeitamente possível rodar jogos sem gastar muito. O que faz a real diferença é uma placa aceleradora. Como você disse, é recomendável um pegar i5/i7 (ou um FX/Phenom da AMD) e ir atualizando. Por exemplo, o soquete da placa-mãe para o A8 já está defasado, assim sendo, só vale a pena pegar-ló caso não queira atualizar-ló.

Felipe JJ escreveu:Jogos que usam modelo de shader mais moderno não rodam bem em PCs de 2 ou 3 anos atrás, portanto, por mais que não seja tão caro assim montar um bom PC instantaneamente, a longo prazo o mesmo se torna caro. Afinal de contas, o nosso PC de 2006 não roda os jogos de hoje tão bem quanto um PS3, por exemplo.

Na verdade depende do perfil da pessoa. Vamos supor que uma pessoa resolve comprar um computador razoável, que permita upgrades de forma fácil (qualquer mobo mais ou menos faz isso), creio que não faz muito caro comprar uma placa de vídeo intermediária, mesmo que durante a geração precise trocar um vez (a cada 3 anos, aproximadamente. Uma geração dura uns 6 anos). Então vamos fazer algumas contas simples:

- Na hora da compra do computador você gastará algo em torno de 1100 reais para colocar uma fonte e uma placa de vídeo razoável, que lhe permita jogar com uma certa tranquilidade por uns 3 anos (preço que hoje corresponde a uma fonte de 500w e uma placa HD7850. Na verdade essa placa permite uma folga até uns 4 anos para os menos exigentes).

- Após três anos você resolve trocar a placa de vídeo (que vamos supor, continua o mesmo preço; só que agora mais avançada tecnologicamente. Essa suposição é de fato falsa, visto que a tendência das placas é baixar de preço), colocar um pente de memória e trocar o processador, o que na verdade está muito mais relacionado ao desempenho nas atividades domésticas. Isso custará algo em torno de 1300 reais (Preço Atual, considerado um processor FX-6300 da AMD e uma memória de 4GB RAM DDR3. Para os que gostam mais de Intel, um i5 não é muito mais caro do que isso)

Ao final da geração você terá gastado uns 2400. Além disso, durante esses seis anos você também teve um computador que possui um desempenho muito bom. Se considerarmos, em uma boa hipótese, que o PS4 viria a ser lançado por aproximadamente uns 1700 reais o computador fica algo em torno de 700 reais mais caro, diferença que você consegue tirar pelo fato dos jogos da steam serem mais baratos do que os físicos.

Não estou querendo dizer com isso que o computador é melhor do que consoles, pois é um fato que tenho plena certeza que não é (para mim é igual). Estou querendo dizer que a justificativa que o computador não é uma boa plataforma de jogos por ser caro é algo que hoje não faz mais sentido (talvez há algum tempo atrás fosse). Outras justificativas como: falta de exclusivos ou até mesmo a falta de praticidade em relação aos consoles são argumentos muito mais validos.