CEO da Mozilla: Browse tomará lugar do sistema operacional no futuro.
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CEO da Mozilla: Browse tomará lugar do sistema operacional no futuro.
Em visita relâmpago ao Brasil – já que seu avião pousou na parte da manhã e o retorno estava marcado para a noite –, o CEO da Mozilla Corporation, Gary Kovacs, explicou, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (19/04), o que o projeto Boot To Gecko, que leva o navegador Firefox a um ambiente de sistema operacional móvel com capacidade de trabalhar offline, propõe-se a fazer. E o trabalho não é pequeno: mudar o paradigma de separação entre web via PC e smartphone, o que deve transformar totalmente, o conceito do que conhecemos como navegador.
A proposta de se valer do HTML5 como padrão open surce de plataforma móvel – permitindo ao usuário customizar seu sistema, a partir dos códigos que estarão abertos – é consumir menos processamento dos aparelhos de telefonia. Desta forma, um smartphone, que hoje precisa ser extremamente parrudo para conseguir executar aplicativos e sistema operacional, poderia ser mais espartano e obter as mesmas funcionalidades. Como resultado, o acesso à web será mais democratizado, em especial em países como o Brasil, que tem uma parcela da população que não consegue comprar os dispositivos pela simples combinação falta de dinheiro e altos preços. Os featurephones, portanto, seriam porta de entrada para a web nessa população.
“Onde você quer viver sua vida online? No Google? Na Microsoft? Na Apple? Uma só companhia, não importa o quão boa seja, não pode satisfazer as necessidades de bilhões de pessoas no mundo”, disse o executivo, comparando o futuro lançamento, marcado para o fim deste ano e início de 2013. “É por isso que a web existe para conectar todo mundo. Acreditamos que a web, e não um sistema proprietário como o iOS, o Android ou o Windows Phone, é a melhor plataforma”. Estão sendo montadas várias parcerias de hardware, mas não foram detalhadas.
“Se for crítico empresas de navegadores, todos nós – Microsoft, Google, Nós [Mozilla] – que com o intuito de permitir que o mundo consuma a internet móvel, nos últimos 15 anos tenhamos desenvolvido web browsers para telas de computadores cada vez maiores, porque as telas estão ficando cada vez maiores, e encolhendo para smartphones. Eu não acredito nisso. Me impressiona que não tenhamos feito um trabalho melhor. Estamos trabalhando muito fortemente para tonar a web mais consumível em dispositivos móveis”, prometeu.
De acordo com o executivo, não há forma consistente de criar aplicações multiplataformas, porque as lojas virtuais da Apple, Android e Windows Phone não se conversam. Isso gera retrabalho ao desenvolvedor que quer ter seu app em todas elas. “Isso não é internet aberta para nós. Tudo isso contribui para algo fundamental: limita a inovação. Hoje parece que temos muita inovação em aplicativos porque começamos do zero. Dez anos atrás, a inovação da internet era muito devagar. AOL tinha 17 milhões de usuários, quando o ambiente foi aberto para padrões open source, saltou para cem milhões. O mesmo vai acontecer com mobile”, complementou.
Na visão do executivo, um ambiente web permitirá que os 2,5 milhões de desenvolvedores web entregar seus aplicativos independentemente da plataforma em qualquer ligar do mundo. uma vez feitas em HTML5, rodam em qualquer browser.
Leia os principais trechos da entrevista coletiva [as minhas perguntas são a 1, 2, 3 e 4]
1. Haverá conversa entre a plataforma e sistemas operacionais convencionais?
Gary Kovacs: O fato de não conseguir rodar em um browser é o problema. Estamos forçando usuários a escolher onde ele viverá sua própria vida: Google, Apple ou Microsoft. E por isso que a abertura da web é tão critica. Se eu for obrigado a escolher onde terei que viver minha vida online, isso irá contra a ideia da web, que é conectar a todos, sem distinções. O que vimos há dez anos estamos vivendo hoje. O segundo problema: é improvável, se não impossível, que uma companhia, não importa quão deliciosa [aqui, talvez, fazendo uma alusão ao Google e à proposta de nomear as versões do Android com nomes de doces, como Ice Cream Sandwich, Honeycomb, etc] ela seja, consiga satisfaze todas as nossas necessidades. A web existe hoje para conectar a todos. Se o aplicativo for criado em HTML5, vai rodar lindamente no Boot To Gecko. Se for em Android, vai rodar no browser.
2. O modelo que conhecemos hoje vai ser substituído por esse modo padronizado em web?
Kovacs: Estamos entrando em previsões. Não acredito que vão brigar. Serão plataformas múltiplas, mas acho que o que acontece é o mesmo que Steve Jobs disse uma vez: a web continua. O primeiro iPhone foi o primeiro conectado à internet, mas o HTML5 não estava pronto. Browser modernos, compatíveis com a mobilidade, são uma realidade há apenas um ano. O Google se importa muito com padrões abertos. Tudo isso vai para um bom lugar, mas vai levar tempo.
3. Mas o pontapé da Mozilla seria uma motivação para a forma de consumir internet no dispositivo móvel mudar?
Kovacs: Acho que vai ser um chute inicial sim. Na Mozila, não estamos em busca de lucro, não respondemos a acionistas ou ao público, mas aos usuários da web. Nossa motivação não é dirigir lucros, mas dirigir a web. Temos que tomar essa posição para que alguém comece a chutar conosco. A história vai nos contar se quando começarmos esse processo vão fazer o mesmo. Acredito que isso vá acontecer.
4. E qual o impacto desse novo conceito em privacidade?
Kovacs: A forma como a Mozilla coloca a oferta dita a política de privacidade. Em sua existência, é focada nisso, não há dados coletados, não usamos para vender coisas para você. Isso, na verdade, nem chega até a nós. Deste ponto de vista, é o único browser hoje que não registra seu comportamento, o que você faz, onde navega. Isso porque não queremos fazer dinheiro vendendo você, estamos permitindo que a internet seja aberta, e estamos construindo as mesmas políticas e implementações no Boot To Gecko. Vai haver um painel de privacidade, para determinar como você quer que seu dado seja apresentado, se você não quer que vá a lugar nenhum.
5. Haverá uma app store? Se sim, quais os cuidados com segurança?
Kovacs:Ao final deste ano terá o Open Web Marketplace, para colocar aplicativos – gratuitos e pagos. Ela terá todas as funções que uma loja de aplicativos tem. Desde nossa existência somos líderes em segurança, tanto de invasores quanto de dados do usuário. A tecnologia é a mesma que trazemos. Segurança e privacidade são os drivers de como criamos nosso programa. Isso é tão critico quanto é no Firefox.
6. Não está muito tarde para tentar mudar o usuário de lugar? Ele já não está confortável em escolher onde quer ficar?
Kovacs: Absolutamente. Estamos muito no começo, não somos nem 10% da web [em termos de acessos móveis]. Quanto mais pessoas adotam, maior será a frustração de ter de escolher onde ficar.
Fonte: ItWeb
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É a Mozilla crescendo cada vez mais. Achei interessante o projeto.
A proposta de se valer do HTML5 como padrão open surce de plataforma móvel – permitindo ao usuário customizar seu sistema, a partir dos códigos que estarão abertos – é consumir menos processamento dos aparelhos de telefonia. Desta forma, um smartphone, que hoje precisa ser extremamente parrudo para conseguir executar aplicativos e sistema operacional, poderia ser mais espartano e obter as mesmas funcionalidades. Como resultado, o acesso à web será mais democratizado, em especial em países como o Brasil, que tem uma parcela da população que não consegue comprar os dispositivos pela simples combinação falta de dinheiro e altos preços. Os featurephones, portanto, seriam porta de entrada para a web nessa população.
“Onde você quer viver sua vida online? No Google? Na Microsoft? Na Apple? Uma só companhia, não importa o quão boa seja, não pode satisfazer as necessidades de bilhões de pessoas no mundo”, disse o executivo, comparando o futuro lançamento, marcado para o fim deste ano e início de 2013. “É por isso que a web existe para conectar todo mundo. Acreditamos que a web, e não um sistema proprietário como o iOS, o Android ou o Windows Phone, é a melhor plataforma”. Estão sendo montadas várias parcerias de hardware, mas não foram detalhadas.
“Se for crítico empresas de navegadores, todos nós – Microsoft, Google, Nós [Mozilla] – que com o intuito de permitir que o mundo consuma a internet móvel, nos últimos 15 anos tenhamos desenvolvido web browsers para telas de computadores cada vez maiores, porque as telas estão ficando cada vez maiores, e encolhendo para smartphones. Eu não acredito nisso. Me impressiona que não tenhamos feito um trabalho melhor. Estamos trabalhando muito fortemente para tonar a web mais consumível em dispositivos móveis”, prometeu.
De acordo com o executivo, não há forma consistente de criar aplicações multiplataformas, porque as lojas virtuais da Apple, Android e Windows Phone não se conversam. Isso gera retrabalho ao desenvolvedor que quer ter seu app em todas elas. “Isso não é internet aberta para nós. Tudo isso contribui para algo fundamental: limita a inovação. Hoje parece que temos muita inovação em aplicativos porque começamos do zero. Dez anos atrás, a inovação da internet era muito devagar. AOL tinha 17 milhões de usuários, quando o ambiente foi aberto para padrões open source, saltou para cem milhões. O mesmo vai acontecer com mobile”, complementou.
Na visão do executivo, um ambiente web permitirá que os 2,5 milhões de desenvolvedores web entregar seus aplicativos independentemente da plataforma em qualquer ligar do mundo. uma vez feitas em HTML5, rodam em qualquer browser.
Leia os principais trechos da entrevista coletiva [as minhas perguntas são a 1, 2, 3 e 4]
1. Haverá conversa entre a plataforma e sistemas operacionais convencionais?
Gary Kovacs: O fato de não conseguir rodar em um browser é o problema. Estamos forçando usuários a escolher onde ele viverá sua própria vida: Google, Apple ou Microsoft. E por isso que a abertura da web é tão critica. Se eu for obrigado a escolher onde terei que viver minha vida online, isso irá contra a ideia da web, que é conectar a todos, sem distinções. O que vimos há dez anos estamos vivendo hoje. O segundo problema: é improvável, se não impossível, que uma companhia, não importa quão deliciosa [aqui, talvez, fazendo uma alusão ao Google e à proposta de nomear as versões do Android com nomes de doces, como Ice Cream Sandwich, Honeycomb, etc] ela seja, consiga satisfaze todas as nossas necessidades. A web existe hoje para conectar a todos. Se o aplicativo for criado em HTML5, vai rodar lindamente no Boot To Gecko. Se for em Android, vai rodar no browser.
2. O modelo que conhecemos hoje vai ser substituído por esse modo padronizado em web?
Kovacs: Estamos entrando em previsões. Não acredito que vão brigar. Serão plataformas múltiplas, mas acho que o que acontece é o mesmo que Steve Jobs disse uma vez: a web continua. O primeiro iPhone foi o primeiro conectado à internet, mas o HTML5 não estava pronto. Browser modernos, compatíveis com a mobilidade, são uma realidade há apenas um ano. O Google se importa muito com padrões abertos. Tudo isso vai para um bom lugar, mas vai levar tempo.
3. Mas o pontapé da Mozilla seria uma motivação para a forma de consumir internet no dispositivo móvel mudar?
Kovacs: Acho que vai ser um chute inicial sim. Na Mozila, não estamos em busca de lucro, não respondemos a acionistas ou ao público, mas aos usuários da web. Nossa motivação não é dirigir lucros, mas dirigir a web. Temos que tomar essa posição para que alguém comece a chutar conosco. A história vai nos contar se quando começarmos esse processo vão fazer o mesmo. Acredito que isso vá acontecer.
4. E qual o impacto desse novo conceito em privacidade?
Kovacs: A forma como a Mozilla coloca a oferta dita a política de privacidade. Em sua existência, é focada nisso, não há dados coletados, não usamos para vender coisas para você. Isso, na verdade, nem chega até a nós. Deste ponto de vista, é o único browser hoje que não registra seu comportamento, o que você faz, onde navega. Isso porque não queremos fazer dinheiro vendendo você, estamos permitindo que a internet seja aberta, e estamos construindo as mesmas políticas e implementações no Boot To Gecko. Vai haver um painel de privacidade, para determinar como você quer que seu dado seja apresentado, se você não quer que vá a lugar nenhum.
5. Haverá uma app store? Se sim, quais os cuidados com segurança?
Kovacs:Ao final deste ano terá o Open Web Marketplace, para colocar aplicativos – gratuitos e pagos. Ela terá todas as funções que uma loja de aplicativos tem. Desde nossa existência somos líderes em segurança, tanto de invasores quanto de dados do usuário. A tecnologia é a mesma que trazemos. Segurança e privacidade são os drivers de como criamos nosso programa. Isso é tão critico quanto é no Firefox.
6. Não está muito tarde para tentar mudar o usuário de lugar? Ele já não está confortável em escolher onde quer ficar?
Kovacs: Absolutamente. Estamos muito no começo, não somos nem 10% da web [em termos de acessos móveis]. Quanto mais pessoas adotam, maior será a frustração de ter de escolher onde ficar.
Fonte: ItWeb
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É a Mozilla crescendo cada vez mais. Achei interessante o projeto.
Convidado- Convidado
Re: CEO da Mozilla: Browse tomará lugar do sistema operacional no futuro.
Muito legal, porém acho que eles estão se superestimando dessa maneira.
Um fato que eu achei engraçado ai, que de nenhuma maneira eles salvam nenhum tipo de informação nossa, é o mesmo esquema do Facebook, tudo fica salvo, por mais que eles neguem.
De resto, estarei aguardando ansiosamente, pois aumentar o uso da internet nos Smartphones, pelo menos aqui no Brasil a internet para Smartphone e afins, creio que são um lixo, comparada a de países vizinhos. Não boto muita fé, mais aguardemos por enquanto.
Um fato que eu achei engraçado ai, que de nenhuma maneira eles salvam nenhum tipo de informação nossa, é o mesmo esquema do Facebook, tudo fica salvo, por mais que eles neguem.
De resto, estarei aguardando ansiosamente, pois aumentar o uso da internet nos Smartphones, pelo menos aqui no Brasil a internet para Smartphone e afins, creio que são um lixo, comparada a de países vizinhos. Não boto muita fé, mais aguardemos por enquanto.
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